O médium Divaldo Franco, quando estava construindo a sua obra de trabalho social, a Mansão do Caminho, recebeu a ajuda de uma pessoa muito especial: Irmã Dulce. A freira chegou a ser expulsa da igreja, pois queria praticar a caridade sem ficar presa a dogmas vazios. Hoje, é considerada santa, não por ter sido católica, mas por continuar fazendo o bem e ter construído as suas obras sociais. De acordo com ela, cada doente era Jesus, pessoalmente, precisando de ajuda.

Em RELIGIÃO DOS ESPÍRITOS, Emmanuel afirma que a fé sem obras é morta. O livro mostra que a missão da religião é transformar o seu adepto em uma pessoa melhor. Se isso não acontece, é preciso mudar de religião. Porém, ser um homem de bem é mais importante do que professar uma doutrina, embora um templo religioso seja um ambiente de estudo, de trabalho e de crescimento espiritual. Como disse Jesus a um discípulo que tinha expulsado um homem que fazia milagres e não era da equipe apostólica: "Não o repreenda. Se ele faz o bem, está do nosso lado, mesmo sem fazer parte do nosso grupo". (Marcos 9, v. 38 a 50)

Irmã Scheilla, ao falar sobre o luto, aconselha a transformar a dor de quem partiu em gestos de amor a quem ficou. Ou seja, para todas as dores da alma, além da terapia psicológica e do tratamento espiritual, a prática da caridade semanal é fundamental. Toda ocupação útil é trabalho. O sentido da vida tem relação com fazer a diferença na vida das pessoas. Irmã Scheilla e Santa Dulce são exemplos de que fora da caridade não há salvação. Se é dando que se recebe, independentemente de religião, vamos trabalhar juntos para a construção de um mundo melhor?