Um espírito foi resgatado das regiões de sofrimento e narrou sua história. Ele tinha dois irmãos e a família possuia muito dinheiro. No dia da divisão da herança, convidou os parentes para um passeio de lancha, colocou sonífero no suco deles e, quando o remédio estava fazendo efeito, propositadamente, virou o barco. Eles desencarnaram afogados e o algoz nadou até a margem. Para a justiça, o caso foi "acidente", e todo o dinheiro ficou com ele. Porém, a culpa o dominou, fazendo-o infartar e desencarnar antes do previsto. A consciência não deixa o devedor fugir por muito tempo. 

O que acontece com aqueles que nos deixam por meio da morte? No livro O ALÉM E A SOBREVIVÊNCIA DO SER, Léon Denis, embasado por investigações e experiências científicas, busca comprovar a continuação da existência do espírito após deixar a convivência humana na Terra. São relatados casos de comunicação dos Espíritos comprovados pela ciência, com o objetivo de formar uma ideia precisa da sobrevivência do ser - crença básica da Doutrina Espírita - e assegurar a necessidade do trabalho e da responsabilidade que o homem carrega dentro de si. O Espiritismo matou a morte, e a sua essência é a transformação interior.

O caminho para autoperdoar-se é deixar de errar e reparar o equívoco. Quem furtou, tem que pedir perdão e devolver o objeto furtado. O bem que se faz apaga o mal que se fez. O desfecho da história acima está em um dos livros da série Nosso Lar, de André Luiz. Neste caso, é melhor perder uma parte da herança e ficar em paz a enganar os parentes por causa de dinheiro, adquirir um débito espiritual e sofrer no futuro. Como ensinou Jesus: "Faça as pazes com seu inimigo, enquanto está com ele no caminho". A lei de Deus está escrita na consciência e ninguém consegue fugir dela.